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131.ª Grande Peregrinação à Penha

131.ª Grande Peregrinação à Penha

Milhares de peregrinos participaram, no dia 8 de setembro, na 131.ª Peregrinação Arciprestal à Penha, a maior manifestação religiosa do concelho de Guimarães, presidida por D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar de Braga. Sob o lema "Com Maria, Mãe da Eucaristia, Peregrinos da esperança", a caminhada de fé iniciou-se na Colegiada da Oliveira em direção ao Santuário da Penha onde foi celebrada a eucaristia campal com transmissão em direto pelo canal V+ da TVI.

Na eucaristia solene da peregrinação, D. Delfim Gomes afirmou que construir esperança para "um mundo cinzento" e que se encontra deprimido por várias guerras é o "grande desafio" que se coloca hoje aos cristãos.

O prelado lembrou que os cristãos são hoje chamados "a ser testemunhos da esperança", mas também a "serem capazes de amar os outros e o mundo, mesmo quando parece que o amor perdeu as suas razões". 

Na homilia, D. Delfim Gomes abriu a porta à esperança na construção de um mundo "mais justo" e "mais fraterno", onde "todos são acolhidos pelo amor de Deus".

D. Delfim Gomes enfatizou que "precisamos de um mundo" que garanta ao ser humano os valores edificados a partir do "amor de Deus aos homens".

As atividades religiosas de preparação da Peregrinação integraram, de 2 a 7 de setembro, as novenas na Igreja de São Pedro de Azurém e, no dia 7 de setembro, o envio da imagem de Nossa Senhora da Penha para a Basílica de São Pedro - Toural e a procissão de velas até à Igreja da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira.

HOTEL DA PENHA AVANÇA, GARANTE BRAGANÇA

Após as cerimónias religiosas, o momento dos discursos no dia da peregrinação configura um momento de revelações. Seguindo um protocolo já longínquo, cabe ao juiz da Irmandade abrir as alocuções. 

Este ano Roriz Mendes preferiu uma intervenção mais emocional e menos racional. Mas nem por isso com menos interesse. A parte religiosa foi enaltecida por se ter “realizado um dos cortejos mais belos e organizados de sempre”. A continuada e permanente preocupação em manter a Estância Turística atrativa e a 12.ª edição de “O Verão é na Penha” foram temas que mostraram o ânimo do Juiz da Irmandade da Penha em continuar a desenvolver o projeto iniciado há duas décadas e que, no seu entender, tem na recuperação do Hotel da Penha, a última etapa da sua dedicação à Penha. 

O Secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, confessou sentir-se em “casa” (é membro da Irmandade da Penha), assinalando a impossibilidade em não se reconhecer a qualidade da Estância Turística e ressalvando, contudo, o muito que “ainda falta fazer”. Neste particular, o governante manifestou o desejo de que a “burocracia” não avance para além da sua função reguladora e se torne em mecanismo impeditivo do progresso de projetos importantes. Essa nota do Secretário de Estado seguiu um apelo emocionado de Roriz Mendes que, ao terminar o seu discurso, se dirigiu a Domingos Bragança, quase implorando: “Deixe-me fazer o Hotel da Penha, senhor Presidente…”

Além de elogiar o trabalho da Irmandade da Penha na Estância Turística, Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães garantiu que o “hotel é para avançar”, dando a entender que a Câmara já ultrapassou os impeditivos administrativos que apresentara no passado recente. Asseverou que essa certeza é também um reconhecimento da qualidade da intervenção que vem sendo feita na Penha ao longo dos anos. Antes elogiara o evento “O Verão é na Penha”, em especial, o espetáculo de Sofia Escobar (notícia aqui).

O Bispo Auxiliar D. Delfim Gomes da Arquidiocese de Braga, que presidiu a cerimónia religiosa, encerrou o momento protocolar dado à palavra. Na sua mensagem, lembrando o Papa João Paulo II e noção de “Casa Comum”, clamou pela “esperança” como fator norteador para a “missão comum” a que todos estão hoje sujeitos.

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